sexta-feira, 15 de julho de 2011

CURSO DE FISIOPATOLOGIA CARDÍACA E DOENÇAS METABÓLICAS

CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS RELACIONADAS À MASSA LIVRE DE GORDURA COM O CONSUMO DE OXIGÊNIO PICO EM IDOSAS.

Antonio Marcos Motta, Ricardo Moreno Lima, Tailce Kaley Moura, Marcelo Sales, Carlos Ernesto, Ricardo Jacó de Oliveira. Universidade Católica de Brasília (UCB – DF).

INTRODUÇÃO: A capacidade aeróbia máxima diminui progressivamente com o envelhecimento e é determinada pela capacidade do sistema cardiovascular de levar sangue oxigenado ao músculo em atividade, o que reflete no débito cardíaco máximo e na diferença arterio-venosa de oxigênio. O músculo esquelético, por sua vez, sofre alterações morfológicas e funcionais que podem interferir na sua capacidade oxidativa, o que parece interferir negativamente no desempenho da capacidade aeróbia das idosas. OBJETIVO: Verificar a associação entre as variáveis relacionadas à massa livre de gordura com o consumo de oxigênio pico absoluto e relativo em idosas. METODOLOGIA: Estudo de corte transversal composto por 176 idosas com idade média de 66,7±5,46 anos. A avaliação cardiorrespiratória foi realizada por meio de um teste ergoespirométrico (TE) conduzido até a exaustão voluntária e a composição corporal através de absortometria por raios-x de dupla energia (DXA). Para examinar a associação entre as variáveis relacionadas à massa livre de gordura (MLG) com as variáveis obtidas no TE, foi empregado o coeficiente de correlação de Pearson para verificar a associação entre as variáveis. O nível de significância adotado Foi de p≤ 0,05. RESULTADOS: A tabela 1 apresenta a correlação entre variáveis relacionadas MLG com o consumo de oxigênio pico absoluto e relativo obtidos através do TE. As variáveis de MLG foram: massa livre de gordura total (MLGT), massa livre de gordura total relativa (MLGTR), massa livre de gordura apendicular (MLGA) e massa livre de gordura apendicular relativa (MLGAR). De uma forma geral, as variáveis relacionadas à MLG correlacionaram-se positiva e significativamente com o consumo de oxigênio pico absoluto e relativo, com exceção entre a correlação consumo pico de oxigênio relativo e MLGTR.

TABELA 1. Correlação entre variáveis relacionadas à massa livre de gordura com variáveis da aptidão aeróbia.

MLGT MLGTR MLGA MLGAR
VO2Pico (L.min-1) 0,65* 0,37* 0,60* 0,36*
VO2Pico (ml.kg.min-¹) 0,19* -0,01 0,92* 0,16*
* Correlação significativa entre as variáveis (P ≤0,05)

CONCLUSÃO: Com base nos resultados observados, a MLG parece ser um bom indicativo de melhor desempenho aeróbio entre as idosas. No entanto, a literatura ainda permanece controversa. Sendo assim, são necessários mais estudos para que resultados mais conclusivos possam ser obtidos.

CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR COM O TEMPO DE TESTE DE ESFORÇO CARDIOPULMONAR E O LIMIAR VENTILATÓRIO EM IDOSAS.

CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR COM O TEMPO DE TESTE DE ESFORÇO CARDIOPULMONAR E O LIMIAR VENTILATÓRIO EM IDOSAS.
Antonio Marcos Motta¹; Ricardo Moreno Lima²; Tailce Kaley Moura³; Ricardo Jacó de Oliveira4.
INTRODUÇÃO: O envelhecimento e um processo inexorável e esta associado com um declínio progressivo das funções fisiológicas, inclusive da força muscular que por muito tempo foi negligenciada pelos profissionais da área de saúde. Essa perda de massa muscular e força, fenômeno conhecido como sarcopenia, pode influenciar a capacidade aeróbia dessa população. Sendo assim, o tempo de teste e o limiar ventilatório podem ser utilizados como parâmetros para avaliar a correlação dessas variáveis devido a sua magnitude como marcadores da capacidade funcional dessa população. OBJETIVO: Verificar a associação entre a força muscular com o tempo de teste de esforço cardiopulmonar e o limiar ventilatório em idosas. METODOLOGIA: Estudo de corte transversal composto por 176 idosas com idade média de 66,7±5,46 anos. A avaliação cardiorrespiratória foi realizada por meio de um teste ergoespirométrico (TE) conduzido até a exaustão voluntária e a força muscular foi avaliada utilizando-se o dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro (Biodex Medical Systems, New York, USA) do Laboratório de avaliação física e treinamento (LAFIT) da Universidade Católica de Brasília (UCB-DF). Para examinar a associação entre o fenótipo muscular força com as variáveis obtidas no teste de esforço (tempo de teste e limiar ventilatório), foi empregado o coeficiente de correlação de Pearson para verificar a associação entre as variáveis. O nível de significância adotado Foi de p≤ 0,05. RESULTADOS: Em relação à força muscular, as análises foram realizadas tanto com os valores absolutos como relativos ao peso corporal. Em relação às variáveis da aptidão aeróbia, as análises incluíram tempo de teste e Limiar Ventilatório. De uma forma geral, a força muscular correlacionou-se positiva e significativamente com as variáveis tempo de teste e limiar ventilatório. CONCLUSÃO: Com base nos resultados observados, a força muscular parece ser um bom indicativo de melhor desempenho aeróbio entre as mulheres idosas. No entanto, a literatura ainda permanece controversa. Sendo assim, são necessários mais estudos para que resultados mais conclusivos possam ser obtidos.

PALAVRAS – CHAVE: Limiar ventilatório, Força muscular, Aptidão aeróbia