quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Aspectos gerais do crescimento e desenvolvimento humano

O ser humano não é algo biologicamente estático. Desde o momento da concepção até a morte ocorre uma série de transformações quantitativas e qualitativas, quer no sentido evolutivo, quer no sentido involutivo. Quando nos referimos a essas transformações precisamos entender de maneira clara e objetiva o que representa cada uma delas. As transformações quantitativas, com o próprio nome indica, referem-se às mudanças de número ou de quantidade que acontecem no nosso genótipo e fenótipo. Como exemplo, podemos citar alterações na nossa estatura, no nosso peso corporal ou no nosso vocabulário. Lembre-se que o nosso vocabulário não se restringe apenas ás palavras que podemos verbalizar, mas podemos e devemos aumentar o nosso vocabulário motor que pode ser fruto das nossas aulas de Educação Física. As transformações qualitativas referem-se às mudanças no tipo, na estrutura ou na organização, como na mudança da organização não-verbal para verbal. Perceberam a diferença entre ambas. Quando deixamos de nos comunicar por sons, ruídos, gestos e passamos a nos comunicar através das palavras, melhoramos a comunicação de uma maneira geral. Isso representa melhor entendimento e a possibilidade de comunicação aumenta exponencialmente. Nos primeiros meses de vida, esse tipo de comunicação não é possível, pois os bebês ainda não aprenderam a falar. Por isso que precisamos interpretar os sinais físicos e ruídos emitidos para podermos saber o que eles querem.

É preciso que fique claro que todas essas transformações, sejam quantitativas ou qualitativas se verificam em ritmos e intensidades diferenciadas, conforme etapa da vida que o indivíduo se encontre e devido a estímulos ambientais adequados ou não.




Quem tem mais chances de crescer e aumentar o peso de maneira adequada, aquele com a dieta ideal ou aqueles com restrições na alimentação?

Quem tem mais chances de aumentar o vocabulário, aqueles que são mais estimulados a ler ou os que lêem pouco ou quase nada?

Quem possui o maior vocabulário motor, aqueles que vivenciam mais práticas corporais ou aqueles que pouco vivenciam esses momentos?

São perguntas fáceis de responder, vocês não acham? Então de que maneira, nós enquanto professores-educadores podemos colaborar com as transformações quantitativas e qualitativas que acontecem com as pessoas? Talvez a resposta mais simples fosse a seguinte: oferecer sempre aquilo que é necessário. Aí surge outra pergunta, de que maneira podemos fazer isso? Não é muito difícil de responder. Passamos por vários períodos das nossas vidas com diferentes graus de maturação. E cada período desses é caracterizado pelo estado maturacional que determina qual o melhor estímulo ou o estímulo necessário para que possamos crescer e desenvolver de maneira satisfatória. Ou seja, para melhor entendimento, cada período de nossas vidas é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer. Para melhor entendimento, não posso oferecer um conteúdo condizente a estudantes universitários para estudantes do ensino fundamental. Eles não estariam preparados para assimilar e acomodar esse conhecimento. O estímulo não seria adequado. E se isso acontece, não há adaptações positivas. Apenas ocorre prejuízo no processo ensino-aprendizagem.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

CURSO DE FISIOPATOLOGIA CARDÍACA E DOENÇAS METABÓLICAS

CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS RELACIONADAS À MASSA LIVRE DE GORDURA COM O CONSUMO DE OXIGÊNIO PICO EM IDOSAS.

Antonio Marcos Motta, Ricardo Moreno Lima, Tailce Kaley Moura, Marcelo Sales, Carlos Ernesto, Ricardo Jacó de Oliveira. Universidade Católica de Brasília (UCB – DF).

INTRODUÇÃO: A capacidade aeróbia máxima diminui progressivamente com o envelhecimento e é determinada pela capacidade do sistema cardiovascular de levar sangue oxigenado ao músculo em atividade, o que reflete no débito cardíaco máximo e na diferença arterio-venosa de oxigênio. O músculo esquelético, por sua vez, sofre alterações morfológicas e funcionais que podem interferir na sua capacidade oxidativa, o que parece interferir negativamente no desempenho da capacidade aeróbia das idosas. OBJETIVO: Verificar a associação entre as variáveis relacionadas à massa livre de gordura com o consumo de oxigênio pico absoluto e relativo em idosas. METODOLOGIA: Estudo de corte transversal composto por 176 idosas com idade média de 66,7±5,46 anos. A avaliação cardiorrespiratória foi realizada por meio de um teste ergoespirométrico (TE) conduzido até a exaustão voluntária e a composição corporal através de absortometria por raios-x de dupla energia (DXA). Para examinar a associação entre as variáveis relacionadas à massa livre de gordura (MLG) com as variáveis obtidas no TE, foi empregado o coeficiente de correlação de Pearson para verificar a associação entre as variáveis. O nível de significância adotado Foi de p≤ 0,05. RESULTADOS: A tabela 1 apresenta a correlação entre variáveis relacionadas MLG com o consumo de oxigênio pico absoluto e relativo obtidos através do TE. As variáveis de MLG foram: massa livre de gordura total (MLGT), massa livre de gordura total relativa (MLGTR), massa livre de gordura apendicular (MLGA) e massa livre de gordura apendicular relativa (MLGAR). De uma forma geral, as variáveis relacionadas à MLG correlacionaram-se positiva e significativamente com o consumo de oxigênio pico absoluto e relativo, com exceção entre a correlação consumo pico de oxigênio relativo e MLGTR.

TABELA 1. Correlação entre variáveis relacionadas à massa livre de gordura com variáveis da aptidão aeróbia.

MLGT MLGTR MLGA MLGAR
VO2Pico (L.min-1) 0,65* 0,37* 0,60* 0,36*
VO2Pico (ml.kg.min-¹) 0,19* -0,01 0,92* 0,16*
* Correlação significativa entre as variáveis (P ≤0,05)

CONCLUSÃO: Com base nos resultados observados, a MLG parece ser um bom indicativo de melhor desempenho aeróbio entre as idosas. No entanto, a literatura ainda permanece controversa. Sendo assim, são necessários mais estudos para que resultados mais conclusivos possam ser obtidos.

CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR COM O TEMPO DE TESTE DE ESFORÇO CARDIOPULMONAR E O LIMIAR VENTILATÓRIO EM IDOSAS.

CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR COM O TEMPO DE TESTE DE ESFORÇO CARDIOPULMONAR E O LIMIAR VENTILATÓRIO EM IDOSAS.
Antonio Marcos Motta¹; Ricardo Moreno Lima²; Tailce Kaley Moura³; Ricardo Jacó de Oliveira4.
INTRODUÇÃO: O envelhecimento e um processo inexorável e esta associado com um declínio progressivo das funções fisiológicas, inclusive da força muscular que por muito tempo foi negligenciada pelos profissionais da área de saúde. Essa perda de massa muscular e força, fenômeno conhecido como sarcopenia, pode influenciar a capacidade aeróbia dessa população. Sendo assim, o tempo de teste e o limiar ventilatório podem ser utilizados como parâmetros para avaliar a correlação dessas variáveis devido a sua magnitude como marcadores da capacidade funcional dessa população. OBJETIVO: Verificar a associação entre a força muscular com o tempo de teste de esforço cardiopulmonar e o limiar ventilatório em idosas. METODOLOGIA: Estudo de corte transversal composto por 176 idosas com idade média de 66,7±5,46 anos. A avaliação cardiorrespiratória foi realizada por meio de um teste ergoespirométrico (TE) conduzido até a exaustão voluntária e a força muscular foi avaliada utilizando-se o dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro (Biodex Medical Systems, New York, USA) do Laboratório de avaliação física e treinamento (LAFIT) da Universidade Católica de Brasília (UCB-DF). Para examinar a associação entre o fenótipo muscular força com as variáveis obtidas no teste de esforço (tempo de teste e limiar ventilatório), foi empregado o coeficiente de correlação de Pearson para verificar a associação entre as variáveis. O nível de significância adotado Foi de p≤ 0,05. RESULTADOS: Em relação à força muscular, as análises foram realizadas tanto com os valores absolutos como relativos ao peso corporal. Em relação às variáveis da aptidão aeróbia, as análises incluíram tempo de teste e Limiar Ventilatório. De uma forma geral, a força muscular correlacionou-se positiva e significativamente com as variáveis tempo de teste e limiar ventilatório. CONCLUSÃO: Com base nos resultados observados, a força muscular parece ser um bom indicativo de melhor desempenho aeróbio entre as mulheres idosas. No entanto, a literatura ainda permanece controversa. Sendo assim, são necessários mais estudos para que resultados mais conclusivos possam ser obtidos.

PALAVRAS – CHAVE: Limiar ventilatório, Força muscular, Aptidão aeróbia