Carboidratos:
Importância dos
carboidratos como fonte de energia durante o exercício;
Biópsia: relação
entre disponibilidade de glicogênio e desempenho físico;
Supercompensação
do glicogênio;
Estudo do metabolismo
dos carboidratos;
Implicações na
fadiga e no desempenho
Implicações nas
doenças metabólicas (Diabetes Mellitus, Obesidade, Dislipidemias, Doença de
McArdle);
Maior fonte de
energia na dieta humana;
Moléculas
complexas (amido) e moléculas simples (glicose, frutose e galactose);
Fibras (não
digeríveis, ausência de enzimas para essa função);
Fonte: origem
vegetal (pode ser encontrado em pequena quantidade sob a forma de glicogênio no
fígado e no músculo);
3 a 6% do peso
do leite na forma de LACTOSE;
Digestão
necessária para absorção intestinal;
Digestão e Absorção
Digestão:
começa na boca (enzima α amilase)
Continua no intestino delgado (enzimas
pancreáticas e enzimas intestinais reduzem os polissacarídeos em dissacarídeos
e em monossacarídeos);
GLUT 2 principal responsável pela absorção de
glicose para o ENTERÓCITO;
Frutose: absorção mais lenta na forma livre
(sacarose mais rápida), não depende de sódio, GLUT 5;
Alterações hormonais (INSULINA/GLUCAGON) levam a
um aumento da captação de glicose pelo músculo e pelo tecido adiposo. ↑
síntese de glicogênio (↓ glicogênio fosforilase e ↑ glicogênio sintetase);
Estoques de glicose na forma de glicogênio são
fisicamente limitados, uma vez que são moléculas altamente hidratadas;
Reservas hepáticas 10 a 15 horas de energia
(100g de glicogênio);
As reservas musculares, em maior volume, podem
atingir cerca de 500 gramas (variação devido ao estado nutricional ou de
treinamento);
O excesso de carboidrato na dieta leva a
formação de triglicerídeos pelo fígado;
Os triglicerídeos formados no fígado são
transportados pela lipoproteína VLDL;
VLDL transportam os triglicerídeos para o tecido
adiposo;
Após o período absortivo, a glicemia retorna aos
níveis normais (em saudáveis) e as alterações hormonais (relação
INSULINA/GLUCAGON) são revertidas;
Período pós-absortivo ocorre mobilização do
glicogênio hepático e aumento das enzimas que participam da gliconeogênese para
manutenção da glicemia;
O glicogênio muscular só pode ser utilizado pela
própria célula, devido a ausência da enzima glicose – 6 – fosfatase;
Cabe somente ao fígado a função de manutenção da
glicemia (contribuição menor dos rins);
Manutenção da glicemia importante para cérebro,
células do sistema imune, sistema nervoso central, hemácias e medula renal.
Em condições de repouso o músculo esquelético
consome cerca de 15 a 20% da glicose circulante;
A glicose liberada pelo fígado vem
preponderantemente da glicogenólise (75%)
com importante participação da gliconeogênese (25%);
O processo de gliconeogênese ocorre
preferencialmente no fígado, mas os rins é capaz de auxiliar o fígado nessa
produção;
A principal enzima responsável pela
giconeogênese é a PEPCK, que é capaz de utilizar esqueletos de carbono de
aminoácidos (principalmente de cadeia ramificada) na produção de molécula de
glicose;
Durante o jejum prolongado e exercício, vale
lembrar, que a manutenção da glicemia se dá pela gliconeogênese hepática;
No exercício a glicogenólise muscular tem um
papel muito importante: além de fornecer energia para a contração muscular, o
músculo gera intermediários para a gliconeogênese hepática (LACTATO);
Algumas células como as hemácias e os neurônios,
utilizam preferencialmente a glicose como substrato energético. Os neurônios
conseguem utilizar corpos cetônicos em condições especiais, tais quais, jejum
prolongado ou inanição. Só que é preciso tempo para que haja essa adaptação
enzimática, que dura em torno de 5 dias;
As células do sistema imunológico consomem
glicose para manter sua proliferação, formação de anticorpos e atividade
fagocitária;
A utilização de glicose pelo sistema imune
explica a imunossupressão que ocorre em pacientes diabéticos;
A frutose não estimula a liberação de insulina,
por isso vem sendo utilizada em muitos adoçantes;
O transporte de glicose do plasma para o espaço
intracelular é realizado por meio de proteínas transportadoras GLUTS;
GLUT4 é uma proteína transportadora de glicose
insulinodependente, ou seja, onde houver GLUT 4 a permeabilidade da glicose e
dependente da insulina ou do exercício físico;
Tecido muscular e tecido adiposo possuem GLUT 4;
A presença de GLUT 4 no músculo esquelético
torna esse sítio responsável pela remoção de até 85% da glicose plasmática;
O exercício promove o transporte da glicose para
dentro da célula independente da insulina por em fibras tipo I e tipo II;
A contração muscular aumenta a translocação de
vesículas contendo GLUT 4 para a membrana das células musculoesqueléticas por
aumentar o teor de cálcio intracelular;
Esse aumento da translocação da GLUT 4 ocorre
tanto em exercícios aeróbicos quanto nos exercícios resistidos;
Outras enzimas, como a AMPK, aumentam também a
translocação desse transportador de glicose;
A contração muscular aumenta a atividade da
AMPK;
Metforminas aumenta a atividade da AMPK;
Após a entrada da glicose na célula ela pode
metabolizada por diferentes vias, como a formação de glicogênio ou oxidada até
piruvato;
A glicose pode ser hidrolisada até glicerol para
formar triglicerídeos;
Piruvato pode gerar ácido lático;
A formação de oxaloacetato é oriunda do
piruvato. Esta via de conversão é de fundamental importância, pois garante a
capacidade de oxidação do ACETIL- CoA oriundo do metabolismo dos lipídios;
Sem a formação de oxaloacetato oriundo do
piruvato a oxidação dos lipídeos está comprometida;
Durante a contração muscular, a atividade da
enzima PIRUVATO CARBOXILASE (que converte piruvato a oxaloacetato) é elevada em
11 vezes.
Resumindo: a oxidação de lipídios é dependente
da disponibilidade de carboidratos;
Sendo assim, fazer exercício em jejum não
potencializa a oxidação de lipídios e ainda aumenta a contribuição de proteína
muscular (tecido nobre) para o metabolismo energético;