sexta-feira, 29 de junho de 2012

Resistência à insulina, baixa aptidão cardiorrespiratória e pressão arterial de exercício aumentada

Insulin Resistance, Low Cardiorespiratory Fitness, and Increased Exercise Blood Pressure

Contribution of Abdominal Obesity 

Maxime Huot, Benoit J. Arsenault, Valérie Gaudreault, Paul Poirier, Louis Pérusse, Angelo Tremblay, Claude Bouchard, Jean-Pierre Després, Caroline Rhéaume.

 Abstract

Individuals with insulin resistance and low cardiorespiratory fitness are frequently found to have an increased waist circumference and high exercise blood pressure. We tested the hypothesis that the relationships among insulin resistance, low cardiorespiratory fitness, and increased exercise blood pressure may be mediated by an elevated waist circumference. This study included 317 apparently healthy men and women (mean age: 34.8±12.8 years; mean body mass index: 26.1±5.2 kg/m2). Exercise blood pressure values were measured using a submaximal ergometer test evaluating physical working capacity. Plasma insulin and glucose levels were measured during a 3-hour oral glucose tolerance test. Multivariate regression analyses showed that waist circumference accounted for 32.8% (P<0.0001) and 45.1% (P<0.0001) of the variance in exercise systolic blood pressure in men and women, respectively. Participants were classified into tertiles according to either insulin response, measured during the oral glucose tolerance test, or fitness levels and then further subdivided into 2 subgroups using sex-specific waist circumference thresholds. Individuals with an increased waist circumference (≥94 cm and ≥80 cm for men and women, respectively) had higher exercise systolic blood pressure compared with individuals with low waist circumference, irrespective of their level of insulin resistance (10.6 versus 6.8, 12.2 versus 7.7, and 13.2 versus 8.7 mm Hg/metabolic equivalent, respectively, for the low, intermediate, and high tertiles; P<0.05) or fitness levels (13.1 versus 8.2, 12.0 versus 7.9, and 10.6 versus 7.1 mm Hg/metabolic equivalent, respectively, for the low, intermediate, and high tertiles; P<0.05). Individuals with a higher waist circumference have elevated exercise systolic blood pressure, regardless of their insulin sensitivity or level of cardiorespiratory fitness.

quarta-feira, 27 de junho de 2012


Role of muscle loss in the age-associated reduction in VO2 max

J. L. Fleg and E. G. Lakatta
Gerontology Research Center, National Institute on Aging, Baltimore, Maryland 21224.
A progressive decline in maximal O2 consumption (VO2max) expressed traditionally as per kilogram body weight generally occurs with advancing age. To investigate the extent to which this decline could be attributable to the age-associated loss of metabolically active tissue, i.e., muscle, we measured 24-h urinary creatinine excretion, an index of muscle mass, in 184 healthy nonobese volunteers, ages 22-87 yr, from the Baltimore Longitudinal Study of Aging who had achieved a true VO2max during graded treadmill exercise. A positive correlation was found between VO2max and creatinine excretion in both men (r = 0.64, P less than 0.001) and women (r = 0.47, P less than 0.001). As anticipated, VO2max showed a strong negative linear relationship with age in both men and women. Creatinine excretion also declined with age in men and women. When VO2max was normalized for creatinine excretion, the variance in the VO2max decline attributable to age declined from 60 to 14% in men and from 50 to 8% in women. Thus comparing the standard age regression of VO2max per kilogram body weight with that in which VO2max is normalized per milligram creatinine excretion, the decline in VO2max between a hypothetical 30 yr old and a 70 yr old was reduced from 39 to 18% in men and from 30 to 14% in women. We conclude that in both sexes, a large portion of the age-associated decline in VO2max in non-endurance-trained individuals is explicable by the loss of muscle mass, which is observed with advancing age.

Teste de Exercício Cardiopulmonar


Cardiopulmonary Exercise Testing
“Physical exercise requires the interaction of physiological mechanisms that enable the cardiovascular and respiratory systems to support the increased energy demands of contracting muscles. Both systems are consequently stressed during exercise. Their ability to respond adequately to this stress is a measure of their functional competence or “health”. Exercise testing offers the investigator the unique opportunity to study simultaneously the cellular, cardiovascular, and ventilatory systems’ responses under conditions of precisely controlled metabolic stress”.
Karlman Wasserman in his book „Principles of Exercise Testing and Interpretation

Glicemia e Prática de Exercício

Prof. Ms. Antonio Marcos Motta
Valores de glicemia contra-indicados para a prática de exercícios
Hiperglicemia
Segundo a Associação Americana de Diabetes, o exercício deve ser evitado caso a glicemia de jejum estiver acima de 250 mg.dL-1 com presença de cetose. A atividade física vigorosa deve ser evitada na presença de cetose. Entretanto a recomendação para se evitar atividade física se a glicemia estiver acima de 300 mg.dL-1, mesmo na ausência de cetose provavelmente é mais prudente e necessária para diabéticos tipo 2, especialmente em estado pós prandial. Na ausência de severa deficiência de insulina, o exercício de intensidade leve ou moderada pode auxiliar no decréscimo da glicemia. O ideal é que o paciente procure seu médico para que ele seja avaliado sobre os adequados valores de forma individual.

Hipoglicemia
Em indivíduos que tomam insulina, a atividade física pode causar hipoglicemia se a medicação ou ingestão de carboidrato não foi adequada. Isto ocorre particularmente quando os níveis de insulina endógena estiver no pico e/ou a atividade física for prolongada. A Associação Americana de Diabetes sugere que carboidrato adicional deve ser ingerido se a glicemia estiver abaixo de 100 mg.dL-1. Essa recomendação é indicada apenas para pacientes que fazem uso de insulina endógena ou secretagogos de insulina. Não foram localizados ainda estudos que tenham relatado casos de hipoglicemia em diabéticos que controlam a glicemia por meio de dieta, metformina  ou tiazolidinediona. No entanto, os pacientes que tomam estes medicamentos associados a insulina ou um secretagogo podem necessitar de mais carboidratos antes de atividade física e / ou reduzir a dose de insulina ou secretagogo para evitar hipoglicemia. Para uma discussão detalhada sobre ajustes na medicação para reduzir o risco de hipoglicemia converse com seu médico.
Tópico especial: Medicação para pressão arterial e colesterol concomitante com outros agentes hipoglicemiantes e exercício físico
Diabéticos freqüentemente tomam diuréticos, ß-bloqueadores, inibidores da ECA, aspirina, e agentes de redução de lipídeos para controle da pressão arterial e colesterol. Na maioria dos indivíduos diabéticos tipo 2, a medicação não irá interferir nas atividades físicas. Diuréticos, especialmente em doses mais elevadas, podem interferir no equilíbrio hidro eletrolítico. ß-bloqueadores podem reduzir a capacidade de exercício máximo entretanto, a maioria das pessoas com diabetes tipo 2 não optam por se exercitar em altas intensidades. Sendo assim, essa redução da capacidade máxima, geralmente não será problema. Para maior compreensão sobre o impacto da medicação concomitante a atividade física, converse com seu médico e discuta as possibilidades.
O ideal seria que seu professor de Educação Física entrasse em contato com seu médico para que juntos possam decidir qual a melhor maneira de se controlar a glicemia antes, durante e após o exercício. Em alguns casos, o exercício físico regular pode reduzir a dosagem dos remédios.

Sigal RJ, Kenny GP, Wasserman DH, Castaneda-Sceppa C, White RD. Physical activity/exercise and type 2 diabetes: a consensus statement from the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2006 Jun;29(6):1433-8.

Índice Glicêmico


Associação Brasileira de Nutrologia traz algumas informações.
"Índice Glicêmico dos Carboidratos: (GI)

Denomina-se Índice Glicêmico a velocidade com que cada carboidrato é digerido, absorvido e transformado em glicose. Tal velocidade varia de acordo com a quantidade e composição do carboidrato. Quanto mais alta for a velocidade de um carboidrato ao ser convertido em glicose no nosso organismo maior será seu índice glicêmico.
 (Alimentos que se convertem vagarosamente e de maneira constante são considerados de baixo IG (Índice Glicêmico), esses alimentos tem um valor menor que 55 em uma escala de 1 a 100) Alimentos que se convertem de maneira rápida são considerados de alto IG.Qualquer alimento que possua um Índice Glicêmico maior que 70, já é considerado digno de risco.

Alimentos com alto IG aumentam mais rápido a glicemia seguida de uma queda da mesma, que também ocorre de maneira rápida. A excessiva quantidade de glicose extracelular vai acarretar, a nível pancreático, uma liberação de insulina que se faz de maneira rápida e em grande quantidade. Tal fenômeno propicia um grande afluxo de glicose intracelular e a queda súbita da glicemia. A quantidade em excesso de glicose dentro da célula é transformada e "guardada" sob a forma de gordura. A queda súbita da glicemia, por sua vez, nos deixa ansiosos por outra refeição.
Portanto, reduzir o Índice Glicêmico dos carboidratos deve ser uma preocupação constante, para a manutenção de seu peso e de sua saúde Durante muitos anos o valor do índice glicêmico foi questionado. Atualmente, vários estudos têm demonstrado o benefício de dietas com alimentos com baixo índice glicêmico tanto no controle da glicemia como na melhora do perfil lipídico. “
Uma das primeiras tabelas foi publicada no Am J Clin Nutr. 1995:62:871S-93S, com aproximadamente 600 alimentos.
Segue abaixo link para acesso a tabela internacional de indice glicêmico atualizada

Leitura recomendada


Melhora na resistência à insulina com o exercício aeróbio: uma abordagem lipocêntrica.
Medicine & Science in Sports & Exercise, 2004.
BRUCE, C. R., and J. A. HAWLEY.

Visões tradicionais sobre a desordem metabólica subjacente da resistência à insulina e diabetes tipo 2 tem sido amplamente glicocêntrica” in nature”, focando no estado hiperinsulinêmico e/ou hiperglicêmico, que resulta de tolerância à glicose prejudicada (intolerância à glicose). Mas além da intolerância à glicose há um descontrole coordenado na dinâmica lipídica em indivíduos com resistência à insulina, manifestada pelos níveis elevados de AGL circulantes, taxas reduzidas de oxidação lipídica e excesso de acúmulo lipídico no músculo esquelético e/ou fígado. Esta revisão examina a premissa de que uma superabundância e/ou acumulo de lipídio inibe diretamente a ação da insulina sobre o metabolismo da glicose via mudanças ao nível de competição do substrato, regulação enzimática, sinalizador intracelular e/ou transcrição genética. Se uma desordem na dinâmica lipídica seja causal no desenvolvimento de resistência à insulina (razoavelmente quanto um fator de coincidência resulta disto), pode ser possível demonstrar que intervenções que melhorem a homeostase lipídica causam mudança recíproca na sensibilidade à insulina. Conseqüentemente, a eficácia do treinamento de endurance aeróbio em humanos em mediante a associação entre a resistência à insulina e o metabolismo dos lipídios desordenado será examinado. Será demonstrado que o treinamento com exercícios aeróbios é uma estratégia de intervenção primária efetiva e potente na prevenção e tratamento de indivíduos com resistência à insulina.