Uma modificação recente significativa no ECG de repouso sugestiva de isquemia significativa, infarto agudo do miocárdio recente (em até 2 dias) ou outro evento cardíaco agudo
Angina instável
Arritmias cardíacas descontroladas que causem sintomas ou comprometimento hemodinâmico
Estenose aórtica sintomática grave
Insuficiência cardíaca sintomática descontrolada
Embolia pulmonar ou infarto pulmonar agudo
Miocardite ou pericardite aguda
Aneurisma dissecante suspeitado ou conhecido
Infecções sistêmicas agudas, acompanhadas por febre, dores pelo corpo ou linfonodos tumefeitos.
RELATIVAS:
Estenose de artéria coronária esquerda principal
Doença cardíaca valvular estenótica moderada
Anormalidades eletrolíticas (hipocalemia, hipomagnesemia e etc.)
Hipertensão arterial severa (PA sistólica > 200 mmHg e/ou PA diastólica > 110 mmHg) em repouso
Taquiarritmias ou bradiarritmias
Miocardiopatia hipertrófica e outras formas de obstrução no trato de escoamento do fluxo anterógrado
Distúrbios neuromusculares, musculoesqueléticos ou reumatóides exacerbados pelo exercício
Bloqueio AV de alto grau
Aneurisma ventricular
Doença metabólica descontrolada (ex: diabetes, tireotoxicose ou mixedema)
Consumir carboidratos de baixo índice glicêmico antes do exercício pode resultar em aumento da oxidação (quebra) de gordura durante a atividade física e maior sensação de saciedade na refeição após o exercício. Esta foi a conclusão de pesquisadores da Escola de Ciências Biomédicas do Reino Unido da Universidade de Nottingham em um estudo publicado este mês na Journal of Nutrition. Foram comparados os efeitos de um café da manhã com alto e baixo índice glicêmico durante e após exercício de caminhada em mulheres sedentárias. As respostas metabólicas e de apetite também foram investigadas. Oito mulheres saudáveis sedentárias participaram de duas sessões de exercício. Em cada sessão as participantes ingeriam um café da manhã com alto ou baixo índice glicêmico 3 horas antes de caminhar por 60 minutos. Terminado o exercício as voluntárias do estudo almoçavam e permaneciam no laboratório por 2 horas. A glicose plasmática e insulina após o almoço foram mais elevadas na sessão em que foi ingerido no café uma refeição de alto índice glicêmico comparado com de baixo índice. Após 3hs da ingestão do café da manhã, a oxidação de gordura foi suprimida em ambas sessões sendo mais alta na sessão de baixo índice glicêmico. Durante o exercício a oxidação de gordura foi maior naquelas que ingeriram o café da manhã com baixo índice glicêmico. As participantes relataram se sentirem mais saciadas no almoço após ingerir café da manhã de baixo indice glicêmico comparado com o de alto índice. O café da manhã de baixo índice glicêmico aumenta a oxidação de gordura durante o exercício subseqüente e aumenta a sensação de saciedade no período pós exercício em mulheres sedentárias.
Stevenson EJ, Astbury NM, Simpson EJ, Taylor MA, Macdonald IA.Fat Oxidation during Exercise and Satiety during Recovery Are Increased following a Low-Glycemic Index Breakfast in Sedentary Women. J Nutr. 2009 Mar 25.
Doença do armazenamento de glicogênio tipo V ou doença de McArdle é causada por ausência da fosforilase muscular. Pacientes sofrem câimbras dolorosas e são incapazesde executar exercício extenuante, presumivelmente porque as reservas de glicogênio no músculo não estão disponíveis para o músculo em exercício. Assim, a elevação normal de lactato no plasma (liberado do músculo) após exercício não ocorre. Os músculos são provavelmente danificados devido ao suprimento inadequado de energia e ao acúmulo de glicogênio. Liberação de creatina fosfoquinase e aldolase e de mioglobina no músculo é comum; níveis elevados destas proteínas no sangue sugerem um problema muscular.
Fonte: McArdle, B. Myopathy due to a defect in muscle glycogen breakdown. Clin. Sci. 10:13, 1951.
Associação Brasileira de Nutrologia traz algumas informações. "Índice Glicêmico dos Carboidratos: (GI)
Denomina-se Índice Glicêmico a velocidade com que cada carboidrato é digerido, absorvido e transformado em glicose. Tal velocidade varia de acordo com a quantidade e composição do carboidrato. Quanto mais alta for a velocidade de um carboidrato ao ser convertido em glicose no nosso organismo maior será seu índice glicêmico. (Alimentos que se convertem vagarosamente e de maneira constante são considerados de baixo IG (Índice Glicêmico), esses alimentos tem um valor menor que 55 em uma escala de 1 a 100) Alimentos que se convertem de maneira rápida são considerados de alto IG.Qualquer alimento que possua um Índice Glicêmico maior que 70, já é considerado digno de risco.
Alimentos com alto IG aumentam mais rápido a glicemia seguida de uma queda da mesma, que também ocorre de maneira rápida. A excessiva quantidade de glicose extracelular vai acarretar, a nível pancreático, uma liberação de insulina que se faz de maneira rápida e em grande quantidade. Tal fenômeno propicia um grande afluxo de glicose intracelular e a queda súbita da glicemia. A quantidade em excesso de glicose dentro da célula é transformada e "guardada" sob a forma de gordura. A queda súbita da glicemia, por sua vez, nos deixa ansiosos por outra refeição. Portanto, reduzir o Índice Glicêmico dos carboidratos deve ser uma preocupação constante, para a manutenção de seu peso e de sua saúde Durante muitos anos o valor do índice glicêmico foi questionado. Atualmente, vários estudos têm demonstrado o benefício de dietas com alimentos com baixo índice glicêmico tanto no controle da glicemia como na melhora do perfil lipídico. “ Uma das primeiras tabelas foi publicada no Am J Clin Nutr. 1995:62:871S-93S, com aproximadamente 600 alimentos.
Segue abaixo link para acesso a tabela internacional de indice glicêmico atualizada
- Limiar Ventilatório 1 (LV1)ou Limiar Anaeróbio (LA): 1. Perda de linearidade entre produção de VCO2 e o consumo de VO2, denominada razão de troca respiratória (VCO2 / VO2); 2. Menor valor da PetO2 precedendo seu sistemático aumento; 3. Perda da linearidade entre ventilação (VE) e o VO2, observada a partir dos equivalentes ventilatórios de oxigênio (VE/VO2) e de dióxido de carbono (VE/VCO2).
- Limiar Ventilatório 2 (LV2)ou Ponto de Compensação Respiratório (PCR): 1. Verificação do maior valor da PetCO2 precedendo sua queda sistemática e/ou 2. Perda da linearidade da relação entre VE e VCO2 verificada a partir do equivalente ventilatório de dióxido de carbono (VE/VCO2).
Todos os sistemas corporais estão susceptíveis e vulneráveis ao processo de envelhecimento. Entre os 25 e 65 anos de idade há uma diminuição substancial da massa magra (MG) ou massa livre de gordura (MLG) de 10 a 16% por conta das perdas na massa óssea, no músculo esquelético e na água corporal total (MATSUDO et al. 2000). A massa magra é constituída por água, vísceras, osso, tecido conectivo e músculo, sendo neste último onde ocorre a maior perda com o envelhecimento (cerca de 40%). Algumas alterações que acometem o tecido muscular foram observadas por Kamel (2002)que são decréscimo da massa muscular e da área de secção transversa; infiltração de tecido gorduroso e conectivo no músculo; decréscimo do tamanho e do número de fibras do tipo II; decréscimo do número de fibras do tipo I; desarranjo dos miofilamentos e das linhas Z dos sarcômeros; decréscimo do número de unidades motoras.A perda ou diminuição importante de massa muscular foi denominada de sarcopenia que segundo Roubenoff et al. (1997) são as alterações na quantidade e qualidade muscular que acompanham o envelhecimento. Essa diminuição do tecido muscular inicia de maneira significativa por volta dos 50 anos e potencializa-se mais contundentemente aos 60 anos (DESCHENES, 2004). Os músculos estriados esqueléticos com suas importantes funções corporais (contração muscular, locomoção, produção de força e sustentação) podem ser mais bem adaptados quando estimulados em suas quatro qualidades físicas (força, potência, hipertrofia e resistência). A contração muscular, função primária do músculo esquelético, é definida como a ativação das fibras musculares com uma tendência das fibras se encurtarem, sendo precedida do evento mecânico uma sucessiva cascata de eventos elétricos (Faulkner, 2003). O músculo é constituído por diferentes tipos de fibras classicamente caracterizadas como fibras musculares do tipo I e do tipo II, sendo que as do tipo II podem ser classificadas em dois subtipos: tipos IIa e IIb. Nos mamíferos o número de fibras em um músculo é determinado no nascimento sofrendo pequenas alterações ao longo da vida, exceto em caso de lesões ou doenças. Em contraste com o que ocorre com as fibras musculares, o número de miofibrilas e, conseqüentemente, a área de secção transversal da fibra, aumenta com o crescimento normal ou devido à hipertrofia induzida pelo treinamento de força podendo atrofiar devido à imobilização, sedentarismo, lesão, doença ou pelo próprio processo de envelhecimento (Faulkner, 2003).As fibras do tipo IIb são as que mais sofrem alterações com o envelhecimento, elas chegam a representar 60% das fibras musculares em adultos jovens e tem um decréscimo importante ao longo da vida chegando apenas a 30% em indivíduos com 80 anos de idade. Há, portanto, uma redução significativa ao longo dos anos, caracterizando nos idosos movimentos mais lentos e uma redução importante na capacidade de produzir força e potência que são características peculiares desse tipo de fibra muscular (DESCHENES, 2004). O músculo tem um papel importante na melhoria e manutenção da qualidade de vida dessa população e quando comprometido afetam as atividades recreacionais, a alegria de viver e a independência dos idosos. Portanto, a diminuição da força e da potência contribui para o aumento do número de quedas e acidentes observados entre essa população (DESCHENES, 2004). Dados do estudo de Miller et al. (1978) observou que 20% dos idosos que tiveram fratura do quadril devido a quedas não recuperam a habilidade de caminhar. Dentre os vários fatores que contribuem para esse processo (hormonais e nutricionais, endócrinos, neurológicos e genéticos), o sedentarismo se encontra entre um dos mais importantes.
A idade avançada está associada com mudanças profundas na composição corporal (BAUMGARTNER, 1995). Uma mudança que está de modo crescente sendo reconhecida por ter conseqüências nos idosos é a perda de massa muscular e deterioração na qualidade do músculo (KAMEL, 2002).Este fenômeno foi chamado sarcopenia,termo criado por Rosenberg em 1989, oriundo do grego que significa “deficiência de carne” e denota o declínio de massa muscular e força que ocorrem com o envelhecimento saudável (ROUBENOFF, 2000).Sarcopenia está ligada a diversas limitações físicas e funcionais que pode prejudicar a qualidade de vida e aumentar os custos dos cuidados com a saúde dos indivíduos afetados (ALEXANDER et al., 1992; DUTTA, 1995). Isto, combinado com evidência crescente indicando uma prevalência elevada de graus clinicamente significativos de sarcopenia em idosos tornando a sarcopenia um importante problema de saúde pública.
A sarcopenia é dependente de fatores genéticos e ambientais e tem sido associada a diversos problemas de saúde, tais quais, osteoporose, intolerância à glicose, disfunção da termorregulação, diminuição da capacidade funcional e aumento do número de quedas trazendo conseqüências indesejáveis para esta população (FIATARONE et al., 1994;KENNEY et al., 1995).Algumas das suas possíveis causas incluem mudanças relacionadas ao envelhecimento, fatores tróficos hormonais, mudanças no consumo alimentar, metabolismo das proteínas, atrofia por desuso e diminuição das unidades motoras (DUTTA et al., 1995),estresse oxidativo aumentado, desregulação de citosinas catabólicas, alterações relacionada a idade na homeostase do cálcio e acoplamento excitação-contração,e redução da atividade física (ROUBENOFF, 2000;NAVARRO ET AL., 2001).
Os mecanismos possíveis para a diminuição da força, da massa e qualidade muscular incluem uma diminuição da inervação do músculo esquelético pelos motoneurônios alfa, declínio da densidade capilar e a atrofia seletiva das fibras musculares do tipo IIb (LEXELL, 1995).A perda da inervação pelo músculo constitui um prejuízo que tem como conseqüência a perda da capacidade de contração muscular, sem esse estímulo essencial que ocorre na junção mioneural ocorrerá uma deficiência de impulsos elétricos para o músculo com iminente atrofia por desuso. O declínio da densidade capilar acarretará em um menor aporte de oxigênio e nutrientes para o tecido diminuindo, assim, sua capacidade metabólica.Contudo uma variedade de estudos tem relatado uma associação das mudanças relacionadas com a idade nas variáveis força, massa e qualidade muscular com a diminuição da capacidade funcional, fisiológica e metabólica levando a inabilidade e morbidade na população idosa. Na última década, principais avanços em nossos conhecimentos sobre a patogênese da sarcopenia têm ocorrido. Isto tem sido acompanhado por um interesse em explorar diferentes intervenções pra prevenir ou reverter à condição.
Ainda não há um consenso com relação à prevalência de sarcopenia. Por ainda não existir um ponto de corte definido para a transição da redução do tecido muscular fisiológica para a patológica entre os diversos grupos étnicos. Ainda não há dados disponíveis na literatura. Contudo, Baumgartner et al. (1998) classificou os indivíduos como tendo sarcopenia patológica aqueles que apresentavam uma massa muscular apendicular relativa mais do que dois desvios padrões abaixo da média de um grupo referencial de indivíduos jovens. Sabemos que a massa muscular apendicular corresponde ao somatório da massa muscular dos braços e das pernas. Sua relativação é feita dividindo pela estatura (em metros) elevando ao quadrado. O ponto de corte proposto por Baumgartner et al. (1998) foi de uma massa muscular apendicular relativa menor que 7,26 Kg/m² e menor que 5,45 Kg/m² para homens e mulheres, respectivamente.
A prevalência de sarcopenia por esta definição aumentou de 13-24% em pessoas com idade de 65-70 anos para acima de 50% daquelas mais velhas com idade de 80 anos de idade ou mais. Foi observada uma prevalência maior em homens do que nas mulheres. A presença de sarcopenia se associou com um risco 3 a 4 vezes maior para o desenvolvimento de alguma incapacidade, mesmo depois de ajustes para idade, sexo, obesidade, etnia, status sócio-econômico e estilo de vida saudável. Estudo realizado por Melton et al. (2000),usando uma definição similar a de Baumgartner, verificou a prevalência de sarcopenia em 699 indivíduos com idade superior a 65 anos. O método utilizado para estimar a massa muscular foi a Absortometria por raios-X de dupla energia (DXA). Nesse estudo foi encontrada uma prevalência de sarcopenia em torno de 6 a 15%. Outro achado do estudo foi que aqueles com diagnóstico de sarcopenia apresentavam uma quantidade maior de limitações funcionais e físicas quando comparados aos não-sarcopênicos. Contudo, muitos estudos disponíveis na literatura evidenciam que a sarcopenia é um problema relacionado com muitas desordens e a sua prevenção e tratamento deve ser feita o quanto antes para que a população não sofra das suas indesejáveis conseqüências.